terça-feira, 19 de agosto de 2008

A Espera

Por onde anda meu homem, que demora tanto a vir,
com seu cheiro, esse tempero, que eu reconheço ao sentir?
E beijando a sua boca, alucinada, quase louca
O meu corpo, no seu corpo, anseia tanto dormir.

Tempo senhor de tantos momentos,
peça ao vento esse favor:
Suba montes, desça rios, veja a fonte, beija a flor.

É primavera.....

Sopra baixinho, naquele que por mim espera,
o meu chamado de amor.

Vento, volta e diga a minha amada
Perdoa-me a longa estrada,
estou prestes a chegar.

Pode o sul virar o norte,
noite escura ou chuva forte,
já sei como a encontrar.

Acabou nossa procura,
guardo em mim muita ternura,
que deixei acumular;
Pois de um ponto no horizonte,
ouvido atento e olhar distante,
Eu estava a esperar.

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